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O gatinho dos ossos de vidro

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Em resposta a um pedido de ajuda de um desconhecido para um gato bebé que estava na rua com uma pata partida, uma amiga muito querida não conseguiu ficar indiferente e resgatou o animal. Confirmada a fratura, deu início ao plano de tratamento, uma cirurgia ortopédica para aplicação de um fixador externo, e pediu-me apenas que o acolhesse durante a recuperação.

Se este fosse apenas mais um resgate comum, o gato teria recuperado a 100%, e estaríamos agora apenas à procura de uma família definitiva para ele. Só que não…

Quando o gato se levantou pela primeira vez, durante o pós-operatório, percebemos que algo não estava bem com a pata fraturada e, após reavaliação feita pelo cirurgião, concluiu-se que a cavilha que perfurou o fémur para sustentar o fixador, poderia estar a comprometer o nervo ciático. A cavilha foi retirada e, em poucos dias, o gato recuperou o movimento normal da pata, com a exceção do pulso.

Depois de uma semana de recuperação em jaula, para limitar os seus movimentos, dada a fragilidade do fixador agora sem a cavilha, o inacreditável aconteceu... o gato fraturou outra pata. Avançamos para mais uma cirurgia ortopédica, desta vez para aplicar uma placa de fixação interna, e foi a meio desta cirurgia que percebemos o que se passava. Em várias tentativas de perfuração do fémur para fixação da placa, o osso desfez-se como se fosse farinha, e só nas extremidades se encontrou uma consistência suficiente para sustentar a placa. Foi uma cirurgia complexa, psicologicamente arrebatadora, sempre com a possibilidade da eutanásia em cima da mesa, uma vez que estava fora de questão deixar acordar um animal sem possibilidade de recuperação de uma fratura. Por muito que nos custasse, o gato não teria qualidade de vida nessas circunstâncias, e o interesse dele sempre esteve em primeiro lugar.

Apesar de tudo, conseguiu-se finalizar a cirurgia e o pequenote acordou bem disposto, como sempre, apesar de toda a dor e desconforto.

Com algumas análises que realizamos após a cirurgia, o gato foi diagnosticado com hipoparatiroidismo, uma doença rara que justifica o enfraquecimento ósseo extremo deste gato. O tratamento passa apenas pela suplementação diária de cálcio, que começou a fazer de imediato, e pela exposição ao sol por pelo menos 30min por dia, mas pode levar meses até os ossos recuperarem a consistência normal, o que implica que o animal seja mantido o mais confinado possível, durante este período, para evitar novas fraturas.

O tratamento deste gato já ultrapassou os 2200€ e, se tudo correr bem, ainda terá de ser sujeito a uma última cirurgia ortopédica para soldar o pulso da primeira pata fraturada, de forma a conseguir usá-la normalmente, sem se magoar, daí a meta de 2500€, que ainda assim estará certamente abaixo do necessário até o pequenote ficar a 100%.

Agradeço, desde já, a todos os que puderem ajudar a dar uma nova vida a este animal! Depois de recuperado, ficará disponível para adoção muito responsável na zona do grande Porto, Portugal.

Organizer

Elsa Sousa
Organizer
Porto

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