
Appel pour la décriminalisation de l'ayahuasca !
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- Après le texte en Français, suit le texte en Anglais, puis en Portugais.
- The French text is followed by the English text, then the Portuguese text.
- Após o texto em francês, segue-se o texto em inglês e, em seguida, em português.
Texte en Français :
« Appel à la mobilisation pour la décriminalisation de l'ayahuasca en France et partout où c'est nécessaire ».
Chers amis et soutiens
En France, l'ayahuasca reste malheureusement criminalisée, ce qui expose ses usagers à des poursuites pénales sévères et entretient une stigmatisation injustifiée autour de cette pratique ancestrale. Cette situation est non seulement injuste, mais elle va à l’encontre des évolutions observées dans d'autres pays, où l'on reconnaît désormais la valeur culturelle et spirituelle de l'ayahuasca, et où des exemptions légales sont accordées pour son usage traditionnel ou religieux.
Depuis plus de vingt ans, je me bats pour la reconnaissance et la juste compréhension de l'ayahuasca (ritualisée) en France. Cette plante sacrée, au cœur de traditions millénaires, suscite aujourd'hui un intérêt croissant à travers le monde pour ses dimensions culturelles, thérapeutiques, spirituelles/religieuses et humaines.
Malgré nos efforts constants, toutes nos procédures judiciaires et administratives ont été défavorables. Les autorités françaises restent intransigeantes et dans le déni des preuves scientifiques qui démontrent pourtant clairement que l'ayahuasca n'est ni toxique, ni addictif, et ne devrait pas être classée comme stupéfiant. Elles refusent toute discussion ou prise en compte de la dimension spirituelle, religieuse et culturelle de l'ayahuasca dans la pratique du Santo Daime. Cette situation est d'autant plus paradoxale que, dans d'autres pays comme les États-Unis, la liberté religieuse a permis à des églises comme "Santo Daime" ou "União do Vegetal" d'obtenir le droit d'utiliser l'ayahuasca dans leurs rituels, reconnaissant ainsi son importance spirituelle et culturelle.
Face à cette impasse, nous avons décidé de changer de stratégie. Plutôt que de continuer à solliciter les autorités frontalement, nous souhaitons nous engager désormais dans des actions de pédagogie, de diplomatie politique et de sensibilisation. Notre objectif : faire comprendre que l'ayahuasca n'est pas un stupéfiant, mais une plante sacrée, sans danger pour la santé publique (lorsqu'elle est utilisée dans le respect de son usage traditionnel) et que sa classification, par effet collatéral, porte gravement atteinte à la liberté religieuse garantie par la Constitution française et les conventions internationales.
Nous défendons le droit à l'accès à cette expérience, dans le respect de la diversité des approches, des convictions et en accord avec les principes fondamentaux de notre pays.
Pour mener à bien ces nouvelles actions – campagnes d'informations, rencontres avec des acteurs institutionnels, juristes, chercheurs et défenseurs des droits humains, soutien aux ONG qui nous accompagnent – nous avons besoin de votre aide. Les frais à venir, principalement liés à l'accompagnement juridique et à la communication, sont évalués à 25 000 euros.
Votre soutien est essentiel pour poursuivre ce combat, défendre la diversité culturelle et le respect des droits fondamentaux en France. Qu'il s'agisse de liberté de conscience, de recherche, de santé, de culture ou de spiritualité – et particulièrement de liberté religieuse, bafouée en raison de cette classification arbitraire.
Ensemble, faisons entendre la voix de tous ceux qui reconnaissent la valeur de l'ayahuasca et qui souhaitent une évolution juste et éclairée de la législation française et Européenne.
Merci de votre soutien, de votre confiance et de votre engagement à nos côtés.
Claude Bauchet
Pour la décriminalisation de l'ayahuasca et son usage respectueux
- Text in English
"Call to action for the decriminalization of ayahuasca in France and wherever necessary"
Dear friends and supporters,
In France, ayahuasca remains unfortunately criminalized, exposing its users to severe criminal prosecution and perpetuating unjustified stigma around this ancient practice. This situation is not only unfair, but it also runs counter to developments in other countries, where the cultural and spiritual value of ayahuasca is now recognized, and where legal exemptions are granted for its traditional or religious use.
For more than twenty years, I have been fighting for the recognition and proper understanding of ayahuasca in France. This sacred plant, at the heart of millennia-old traditions, is now attracting growing interest around the world for its cultural, therapeutic, spiritual/religious, and human dimensions.
Despite our constant efforts, all our legal and administrative proceedings have been unsuccessful. The French authorities remain intransigent and in denial of the scientific evidence that clearly demonstrates that ayahuasca is neither toxic nor addictive and should not be classified as a narcotic. They refuse to discuss or take into account the spiritual, religious, and cultural dimensions of ayahuasca in the practice of Santo Daime. This situation is all the more paradoxical given that in other countries, such as the United States, religious freedom has allowed churches such as “Santo Daime” and “União do Vegetal” to obtain the right to use ayahuasca in their rituals, thereby recognizing its spiritual and cultural importance.
Faced with this impasse, we have decided to change our strategy. Rather than continuing to appeal directly to the authorities, we now wish to engage in educational, political diplomacy, and awareness-raising activities. Our goal is to make it clear that ayahuasca is not a narcotic, but a sacred plant that poses no danger to public health (when used in accordance with its traditional use) and that its classification, as a side effect, seriously undermines the religious freedom guaranteed by the French Constitution and international conventions.
We defend the right to access this experience, while respecting the diversity of approaches and beliefs and in accordance with the fundamental principles of our country.
To carry out these new actions—information campaigns, meetings with institutional actors, lawyers, researchers, and human rights defenders, support for the NGOs that accompany us—we need your help. The upcoming costs, mainly related to legal support and communication, are estimated at $25,000.
Your support is essential to continue this fight and defend cultural diversity and respect for fundamental rights in France. Whether it be freedom of conscience, research, health, culture, or spirituality—and particularly religious freedom, which is being violated because of this arbitrary classification. Together, let's make the voices heard of all those who recognize the value of ayahuasca and who want to see a fair and enlightened change in French and European legislation.
Thank you for your support, your trust, and your commitment to our cause.
Claude Bauchet
For the decriminalization of ayahuasca and its respectful use
- Texto em Português
"Apelo à ação para descriminalizar a ayahuasca em França e onde for necessário"
Caros amigos e apoiantes,
Em França, a ayahuasca continua infelizmente a ser uma ofensa criminal, expondo os seus utilizadores a processos criminais severos e perpetuando um estigma injustificado em torno desta prática ancestral. Esta situação não é apenas injusta, mas também contraria a evolução noutros países, onde o valor cultural e espiritual da ayahuasca é agora reconhecido, e onde são concedidas isenções legais para o seu uso tradicional ou religioso.
Há mais de vinte anos que luto pelo reconhecimento e compreensão correta da ayahuasca em França. Esta planta sagrada, no centro de tradições milenares, atrai agora um interesse crescente em todo o mundo pelas suas dimensões cultural, terapêutica, espiritual/religiosa e humana.
Apesar dos nossos esforços constantes, todos os nossos processos jurídicos e administrativos foram desfavoráveis. As autoridades francesas continuam intransigentes e negam as provas científicas que mostram claramente que a ayahuasca não é tóxica nem causa dependência, e que não deve ser classificada como estupefaciente. Recusam-se a discutir ou a ter em conta a dimensão espiritual, religiosa e cultural da ayahuasca na prática do Santo Daime. Esta situação é tanto mais paradoxal quanto, noutros países, como os Estados Unidos, a liberdade religiosa permitiu que igrejas como o Santo Daime e a União do Vegetal obtivessem o direito de utilizar a ayahuasca nos seus rituais, reconhecendo assim a sua importância espiritual e cultural.
Perante este impasse, decidimos mudar a nossa estratégia. Em vez de continuarmos a abordar as autoridades frontalmente, queremos agora envolver-nos em diplomacia e sensibilizar as pessoas. O nosso objetivo é tornar claro que a ayahuasca não é um estupefaciente, mas sim uma planta sagrada que não representa qualquer perigo para a saúde pública (quando utilizada de acordo com o seu uso tradicional) e que a sua classificação, como efeito colateral, prejudica seriamente a liberdade religiosa garantida pela Constituição francesa e pelas convenções internacionais.
Defendemos o direito de acesso a esta experiência, respeitando a diversidade de abordagens e convicções, e em conformidade com os princípios fundamentais do nosso país.
Para levar a cabo estas novas acções - campanhas de informação, encontros com actores institucionais, advogados, investigadores e defensores dos direitos humanos, apoio às ONG que trabalham connosco - precisamos da vossa ajuda. Os custos futuros, principalmente relacionados com o apoio jurídico e a comunicação, estão estimados em 25.000 euros.
O seu apoio é essencial para continuarmos esta luta, para defendermos a diversidade cultural e o respeito pelos direitos fundamentais em França. Quer se trate da liberdade de consciência, da investigação, da saúde, da cultura ou da espiritualidade e, em particular, da liberdade religiosa, que está a ser espezinhada por esta classificação arbitrária. Juntos, façamos ouvir as vozes de todos aqueles que reconhecem o valor da ayahuasca e que querem ver a legislação francesa evoluir de forma justa e esclarecida.
Obrigado pelo vosso apoio, confiança e empenho na nossa causa.
Claude Bauchet
Pela descriminalização da ayahuasca
Organizer
Claude Bauchet
Organizer
Saint-Prix, A8