Todos os gestos contam. Temos de agir, agora!

(Eng. below please)

Somos a Maria, o José, a Ana, o Tiago, o Pedro, o Manuel, a Sofia, a Rita, entre tantos outros voluntários e apoiantes. O movimento cívico em torno da defesa do bosque da Quinta dos Ingleses tem várias décadas, mas foi em 2021 que criámos legalmente o SOS Quinta dos Ingleses.

O que se passa?

A 18 de julho passado, a Câmara de Cascais deu luz verde a que se iniciem as obras do megaprojeto PPERUCS, pelos seus promotores Alves Ribeiro e Colégio St. Julian´s. São 850 apartamentos em prédios de 7 a 9 andares, 120 unidades de alojamento, zonas comerciais e hotéis, que reduzirão os 50 hectares de verde a um pequeno jardim público rodeado de prédios. Esta deliberação ignorou os incontáveis protestos contra a urbanização da quinta, incluindo uma petição em 2018 com 9 mil assinaturas e uma resolução em 2021 da Assembleia da República em favor da sua conservação.

Do choque à convicção

No início foi um choque. Invadiu-nos um sentimento de impotência e a sensação de que já nada havia a fazer. Anos a fio, e a par dos afazeres profissionais, pessoais e familiares, temos dedicado horas incontáveis à Quinta. De repente, parecia que a causa se desmoronava.

Porém, decidimos não baixar os braços. E porquê? Porque queremos ter a certeza de que eticamente faremos tudo o que nos for possível para salvar a Quinta. Queremos ter essa certeza, quando nos olharmos no espelho de manhã, quando olharmos olhos nos olhos para os nossos filhos, pais e amigos.

A causa

Acreditamos que a Quinta dos Ingleses pode ser valorizada e transformada num maravilhoso parque urbano. Acreditamos que o direito à vida e à qualidade de vida se sobrepõem aos meros valores económicos. Basta de betão na nossa freguesia, queremos manter o verde.

É um facto que vivemos em plena emergência climática. Sentimos essa realidade na pele, e vemo-la nas barragens, campos e serras. É também um facto que o concelho Cascais é considerado zona de risco sísmico e de tsunami.

Permitir que as obras avancem é permitir um ecocídio, é colocar a saúde e segurança da população de Carcavelos em maior risco nos próximos anos. É consentir que se continue a abater e a destruir aquilo que nos proporciona sombra e ameniza as ondas de calor, que absorve e retém as águas da chuva, prevenindo as cheias e o deslizamento de terras e a erosão da costa: AS ÁRVORES.

Sabias que?

» As florestas e vegetação densa são exponencialmente mais eficientes na redução da temperatura dos centros urbanos do que as árvores em vias públicas.

» As árvores são a melhor tecnologia filtradora de carbono, essenciais para se reduzir e controlar a poluição atmosférica.

» As escavações e impermeabilização do solo em construção urbana próxima do mar tornam a zona costeira mais permeável à erosão e deslizamentos de terra.

» As construções em altura afetam os ventos off-shore e as ondas de surf.

» O contacto imersivo com a natureza reduz os níveis de stress (cortisol) e contribui para o nosso equilíbrio e o bem-estar.

Todos podem ajudar

Temos programado um conjunto articulado de iniciativas e eventos, de entre os quais algumas ações judiciais e outros no âmbito da sensibilização. Estamos a fazer o nosso melhor, e precisamos de fundos financeiros à altura para travar a destruição do último grande pulmão a sul do concelho.

Cada gesto conta. Ficamos muito gratos pelo vosso contributo.

Muito obrigado!

Saiba mais aqui: https://www.sosquintadosingleses.com Siga-nos nas redes.

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We are Maria, José, Ana, Tiago, Pedro Manuel, Sofia, Rita and many other volunteers and supporters. The movement on behalf of the Quinta dos Ingleses' woods has been going on for decades, but it was only in 2021 that we legally became a NGO.

What's happening

Last July 18, the Câmara de Cascais approved the formalities for the promotors, Alves Ribeiro and St. Julian's School, to start the PPERUCS urban development works. The project comprises of 850 apartments of 7-9 storey buildings, 150 accommodation units, commercial areas and hotels, which will reduce the woods to a small public garden surrounded by buildings. This decision bypassed uncountable protests against the construction in the Quinta, including a petition in 2018 with 9000 signatures and a resolution on behalf of its conservation, approved by the national Assembleia da República in 2021.

From shock to utter conviction

At start we were shocked. We felt helpless and with a sensation that nothing else could be done. For years, along with professional duties, personal and family life, we have dedicated countless hours to the cause. Suddenly, it seemed like all was falling apart.

Nevertheless, we decided to not give up. Why? Because we want to be sure we ethically do everything possible to save the Quinta.We want to sense this utter conviction when we look into ourselves in the mirror and into the eyes of our children, parents and friends.

The cause

We believe in that the Quinta dos Ingleses can be upgraded and become a marvellous urban park, preserving both nature and it´s historical heritage. We believe the right to life and the quality of our life is above economic interests. We have had enough with cement in Carcavelos, we want to preserve the green areas.

It's a fact: we have entered the era of climate emergency. We feel it in our skin, and see it in the dams, the fields and the mountains. Moreover, Cascais is located in a sensitive seismic area.To allow the construction is to allow an ecocide, and to place the safety and health of the population of Carcavelos at risk. By doing nothing we are agreeing to take down and destroy 5 thousand trees that provide us with shade and and prevents floods and soil erosion.

Did you know?

》Forests and dense vegetation are exponentially more efficient in reducing urban centers' temperature than trees in public roads.

》Excavation and soil waterproofing for urban construction close to the seaside increase the risk of coastal erosion and landsliding.

》High buildings affect the off-shore winds and the surf waves.

》The immersive contact with nature reduces stress/cortisol levels, improving our sense of balance and wellbeing.

Everyone can help

There is a series of ongoing initiatives and actions, including legal actions and awareness events. We are doing our best efforts, but we also need enough financial funds to make these initiatives happen.

Every act counts. Thank you for supporting the cause!

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