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Disgraça: help us buy our anarchist social centre

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DISGRAÇA: HELP US BUY OUR ANARCHIST SOCIAL CENTRE IN LISBON / AJUDA-NOS A COMPRAR O NOSSO CENTRO SOCIAL ANARQUISTA EM LISBOA

[Português] (below: english, français, italiano, Ελληνικά)

Disgraça – a estória de um centro social anarquista
Há 10 anos decidimos quebrar o aborrecimento que assombrava as nossas rotinas e juntámo-nos para abrir um espaço anti-autoritário onde se pudesse discutir e criar soluções coletivas para problemas que tinhamos vindo a individualizar. Hoje, numa cidade devastada pela especulação imobiliária, pela crise de habitação e pela elitização da cultura, juntamo-nos em resistência para meter um ponto final à extração mensal a que somos submetides e adquirir de forma coletiva o espaço da Disgraça. Um espaço onde nós e tantes outres nos temos organizado, conspirado, sonhado e divertido na última década – para assegurar um futuro que cada vez mais terá de ser libertário e baseado em solidariedade e apoio mútuo, em oposição a um assente no mercado imobiliário e na propriedade privada, refém de senhorios.

Tudo começou no 11 de Setembro de 2015. No topo de umas das colinas de Lisboa, abriram-se as portas da Disgraça. Das paredes brancas e insípidas, das salas vazias e de eco enfezado, e da multitude das vontades que convergiram para aquele lugar, desabrochou este projeto irrequieto. Paredes cairam, paredes subiram, paredes rabiscaram-se. E como se de uma nascente de insubordinação se tratasse, vinda das profundezas do subsolo da cidade, materializámos, sala por sala, o potencial comunitário de cada uma. Movides por sonhos, vontades e necessidades comuns, construiu-se uma cantina e sala de convivio, uma biblioteca, uma sala de concertos D.I.Y., uma oficina onde impera o caos, uma sala de ensaios e uma de serigrafia, um ginásio (o lugar mais arrumado da casa), a loja livre Desumana, e, da memória de uma montra vazia, fez-se uma acolhedora livraria anarquista – a Tortuga.

Desde aí, ocupámos infinitas horas de dedicação individual e coletiva às exigências quase diárias do projeto, como gestão de conflitos, vagas de exaustão, o metrónomo ingrato de uma renda, despesas elevadas, e a vida numa cidade que se esvazia de vida a cada dia que passa. A auto-gestão é o nosso baluarte, e fazê-lo de forma sustentável é um lugar ainda a chegar. Ao adquirir coletivamente o espaço da Disgraça, todos os coletivos de resistência e movimentos sociais que dependem deste centro social ganharão maior sustentabilidade e autonomia. Sem uma renda e um senhorio, podemos focar-nos em continuar a criar hoje o futuro que queremos construir amanhã.

Um laboratório informal de práticas anti-autoritárias
A cidade de Lisboa, como todas as grandes cidades, é cada vez mais hostil a formas de vida que contrariem a lógica mercantil. Muites de nós fomos expulses do seu centro para as suas margens por magnatas, empresários e digital nomads. E embora a sua inutilidade se traduza numa dependência do nosso trabalho e da deslocação diária dos nossos corpos para esse mesmo centro, não toleram o nosso envolvimento nas dinâmicas políticas, sociais e culturais no parque de diversões de luxo a que chamam de cidade. Todos os meses, muites de nós perdem a casa ou estão em riscos de perder espaços associativos onde tecemos afinidades (lembremo-nos dos nossos companheires resistentes na Sirigaita e Zona Franca, por exemplo). À violência do deslocamento forçado de pessoas e espaços temos nos organizado em coletivos anti-desalojamentos, na okupação de prédios devolutos que enchem-se de vida com a nossa entrada, com a mobilização coletiva de ocupação do “espaço público” em praças, ruelas e jardins.

A Disgraça, esse laboratório informal, várias vezes desajeitado mas obstinado, de práticas e formas de pensar anti-autoritárias, organiza-se horizontalmente, por voluntáries que, entre si e com quem lá vai, experimentam, cuidam, pensam, decidem, erram, antagonizam, transformam, catalizam, abrigam e, juntes, aproximam-se de um ensaio de um mundo onde o que desenha a vida não são as lógicas do capital nem o ritmo extenuante da batuta do império, mas sim a auto-organização, a auto-determinação e expressão, apoio mútuo, (des)construção de comunidade e subversão ao que nos constringe.

Ao longo do tempo, a Disgraça tem sido um local de convergência e organização de lutas na cidade e fora dela, proporcionando espaço para reuniões, preparação de materiais, eventos e angariações de fundos. Entre os meandros da manutenção e organização do espaço, houve conversas e grupos de leitura sobre anarquismo, anti-racismo, anti-colonialismos e as mais diversas lutas indígenas, queer e feministas. Reduzindo a fossa entre a teoria nas prateleiras da Tortuga, e da prática – nas nossas vidas. Houve mesas-redondas sobre abolição das prisões e apoio a preses, luta pela habitação e okupação, bem como estratégias de resistência ao capitalismo verde, ao colapso climático e extrativismo.

Centenas de bandas tocaram nos abissos do espaço e incontáveis noites de ciclos de cinema e cantinas veganas por donativo solidário tiveram lugar por lá. Floresceram espaços de aprendizagem D.I.Y. baseados em apoio mútuo e houve workshops sobre práticas de saúde anti-autoritárias, soberania alimentar, auto-defesa, software e hardware livre, arte D.I.Y., reciclagem de materiais e produção de zines.

E agora?
Para continuar estes desejos e embates, traçámos um plano de um ano e meio para assegurar, de uma vez por todas, este espaço tão importante para todes nós. Este plano inclui a obtenção de empréstimos sem juros, eventos de angariação de fundos, uma digressão de caravanas por toda a Europa. Para além disto, há, claro, este crowdfunding: precisamos de angariar 100.000 euros até ao final do verão de 2024 para podermos assegurar o espaço para a imediata sustentabilidade a longo prazo da Disgraça e de todos os colectivos que utilizam o espaço. O restante montante terá de ser angariado através de empréstimos que iremos pagar lentamente - mas quanto mais conseguirmos angariar aqui, mais rapidamente deixaremos de ter obrigações financeiras e teremos liberdade.

Se não puderes apoiar com um donativo, há naturalmente outras coisas que pode fazer:
  • Estamos à procura de companheires que estejam dispostes a fazer-nos empréstimos solidáries a médio/longo prazo, sem juros. Estes empréstimos vão ser essenciais para dar o sinal inicial ao proprietário do espaço e serão devolvidos assim que pedidos de volta, com um prazo de antecedência de 6 meses.
  • Pedimos a coletivos (e as pessoas dentro e fora deles!) que têm partilhado o espaço connosco na última década, que nos ajudem na divulgação através das vossas redes e grupos de afinidade. Queremos fazer este processo em conjunto!
  • Vamos organizar vários eventos benefit dentro e fora do espaço no próximo ano. Desafiamos outros grupos em solidariedade com a Disgraça a fazer o mesmo nas suas geografias.
  • Queremos fazer uma caravana que passe por vários espaços e festivais anti-autoritários ao longo da Europa, para organizar eventos, conversas, espalhar a palavra e recolher fundos.

Se quiseres juntar-te a este esforço com alguma das ideias acima ou outras, envia-nos um e-mail.

Vemo-nos em breve :)
Saúde & Anarquia.

[English]

Disgraça – a story about an anarchist social centre
Ten years ago, we decided to break the boredom that haunted our routines and get together to open an anti-authoritarian space. A space where we could discuss and create collective solutions to problems that we had been individualising. Today, in a city devastated by real estate speculation, the housing crisis and the elitisation of culture, we have come together in resistance, this time to put an end to the monthly extortion we are subjected to and collectively acquire the space of Disgraça. A space where we and so many others have been organising, conspiring, dreaming and having fun for the last decade – for a future based on solidarity and mutual support, as opposed to one based on the property market and private property, hostage to landlords.

It all started on 11 September 2015. Atop one of Lisbon's hills, the doors of Disgraça opened. From the vapid white walls, from the empty, echoing rooms, from the multitude of wills that converged in that place, this restless project blossomed. Walls fell, walls rose, walls were scribbled on. And as if it were a spring of insubordination from the depths of the city's subsoil, we materialised, room by room, each one's community potential. Moved by common dreams, desires and needs, we built a canteen and community space, a library, a DIY concert hall, a workshop where chaos reigns, a rehearsal room and a screen printing room, a gym (the tidiest place in the building), the free shop Desumana, and, from the memory of an empty shop front, a cosy anarchist bookshop – Tortuga.

Since then, we have devoted endless hours, individually and collectively, to the almost daily demands of the project. Demands haunted by needs for conflict management, waves of exhaustion, the thankless metronome of rent, high expenses, and life in a city that is emptying of life with each passing day. While self-management is our bulwark, we are yet to arrive at a place where we can do so sustainably. By collectively acquiring the Disgraça space, all the resistance collectives and social movements that depend on this social centre will gain greater sustainability and autonomy. Without a rent and a landlord, we can focus on continuing to create the future we envision together.

An informal laboratory of anti-authoritarian practices
The city of Lisbon, like all big cities, is increasingly hostile to ways of life that go against the mercantile logic. Many of us have been expelled from the centre to the margins by tycoons, entrepreneurs and digital nomads. And, even though their uselessness translates into a dependence on our work and the daily movement of our bodies to that same centre, they don't tolerate our involvement in the political, social and cultural dynamics of the luxury amusement park they call a city. Every month, many of us lose our homes or are at risk of losing the associative spaces where we weave affinities (let's remember our fellow resistants in Sirigaita and Zona Franca, for example). In the face of the violence of the forced displacement of people and spaces, we have organised ourselves into anti-displacement collectives, in the occupation of vacant buildings that come to life with our entry, with the collective mobilisation of the occupation of "public space" in squares, alleys and gardens.

Disgraça, this informal, often clumsy but always obstinate, laboratory of anti-authoritarian practices and ways of thinking, is organised horizontally, by volunteers who, among themselves and with those who go there, experiment, care, think, decide, make mistakes, antagonise, transform, catalyse, shelter and come together in getting closer to trying out a world shaped neither by capital nor by the exhausting rhythm of the drum of the empire, but by self-organisation, self-determination and expression, mutual aid, (de)construction of community and subversion of that which constrains us.

Over time, Disgraça has become a place of convergence and organisation of struggles in the city of Lisbon and beyond, providing space for meetings, preparation of materials, events and fundraising. Among the intricacies of maintaining and organising the space, there have been conversations and reading groups on anarchism, anti-racism, anti-colonialisms and the most diverse indigenous, queer and feminist struggles. Bridging the gap between theory on Tortuga's shelves and practice – in our lives, there have been roundtable discussions on prison abolition and prisoner support, on housing struggle and squatting, as well as strategies for resisting green capitalism, climate collapse and extractivism.

Hundreds of bands have played in the space's abysses, mirrored by the countless evenings of cinema cycles and donation-based vegan canteens. Here, DIY learning spaces based on mutual aid grow alongside workshops on anti-authoritarian health practices, food sovereignty, self-defence, free software and hardware, DIY art, recycling materials and zine production.

Now what?
In order to continue these desires and struggles, we have drawn up a one-and-a-half-year plan to secure, once and for all, this space that is so important to all of us. This plan includes securing interest-free loans, fundraising events, a caravan tour all over Europe. Apart from this is, of course, this crowdfunding: we need to raise 100,000 euros by the end of summer 2024 to be able to secure the space for the immediate long-term sustainability of Disgraça and all the collectives that use the space. The remaining amount would need to be raised in loans which we would slowly pay back – but the more we can raise here, the quicker we can have no financial obligations and freedom.

If you can't support by donation, there are of course also other things you can do:
  • We're looking for comrades willing to give us medium/long-term, interest-free loans. These loans will be essential to give the initial down payment to the owner of the space and will be repaid upon request with a 6-month notice period.
  • We're asking collectives (and folks who are both part of and not part of collectives!) who have been sharing space with us for the last decade to help us publicise this through your networks and affinity groups. We want to do this together!
  • We're going to organise several benefit events inside and outside the space next year. We challenge other groups in solidarity with Disgraça to do the same in their geographies.
  • We want to make a caravan that passes through various anti-authoritarian spaces and festivals throughout Europe, to organise events and talks to spread the word and raise funds.

If you'd like to join this effort with any of the above ideas or others, send us an email.

See you soon :)
Love & Rage.

[Français]

Disgraça – l'histoire d'un centre social anarchiste
Il y a dix ans, nous avons décidé de rompre avec l'ennui qui hantait nos routines et de nous réunir pour ouvrir un espace anti-autoritaire où nous pourrions discuter et créer des solutions collectives aux problèmes que nous avions individualisés. Aujourd'hui, dans une ville dévastée par la spéculation immobilière, la crise du logement et l'élitisation de la culture, nous nous sommes réunis.es en résistance, cette fois pour mettre fin à l'extorsion mensuelle à laquelle nous sommes soumis.es et pour acquérir collectivement notre espace “Disgraça”. Un espace où nous et tant d'autres nous sommes organisé.e.s, avons conspiré, rêvé et nous sommes amusé.e.s au cours de la dernière décennie – pour assurer un avenir qui devra de plus en plus être basé sur la solidarité et l’aide mutuelle, par opposition à un avenir basé sur le marché de l'immobilier et la propriété privée, otage des propriétaires.

Tout a commencé le 11 septembre 2015. Au sommet d'une des collines de Lisbonne, les portes de Disgraça se sont ouvertes. Des murs fades et insipides, des salles vides et pleines d’èchos, de la multitude de volontés qui convergeaient vers ce lieu, ce projet en mouvement perpétuel s'est épanoui. Des murs sont tombés, des murs se sont élevés, des murs ont été griffonnés. Et comme une poussée d'insoumission, venue des couches profondes de la ville, nous avons matérialisé, pièce par pièce, le potentiel communautaire de chaque partie du bâtiment. Animé.e.s par des rêves, des désirs et des besoins communs, nous avons construit une cantine et une salle communautaire, une bibliothèque, une salle de concert DIY, un atelier où règne le chaos, une salle de répétition et une salle de sérigraphie, une salle de sport (l'endroit le plus ordonné de Disgraça), la donnerie Desumana et, à partir du souvenir d'une vitrine vide, une librairie anarchiste accueillante – Tortuga.

Depuis lors, nous avons consacré des heures interminables, individuellement et collectivement, aux exigences quasi quotidiennes du projet, telles que la gestion des conflits, les vagues d'épuisement, le métronome ingrat d'un loyer, les dépenses élevées et la vie dans une ville qui se vide de sa vie chaque jour qui passe. Si l'autogestion est notre rempart, nous n'avons pas encore atteint un niveau qui nous permette de le faire de manière durable. En acquérant collectivement l'espace Disgraça, tous les collectifs de résistance et les mouvements sociaux qui dépendent de ce centre social gagneront en durabilité et en autonomie. Sans loyer ni propriétaire, nous pourrons nous concentrer sur la création de l'avenir que nous voulons construire demain.

Un laboratoire informel de pratiques anti-autoritaires
La ville de Lisbonne, comme toutes les grandes villes, est de plus en plus hostile aux modes de vie qui vont à l'encontre de la logique mercantile. Beaucoup d'entre nous ont été expulsé.e.s du centre vers ses marges par les magnats, les entrepreneurs et les nomades numériques. Et bien que leur inutilité dépende de notre travail et du déplacement quotidien de nos corps vers ce même centre, ils ne tolèrent pas notre implication dans les dynamiques politiques, sociales et culturelles de ce parc d'attractions de luxe qu'ils appellent une ville. Chaque mois, beaucoup d'entre nous perdent leur logement ou risquent de perdre les espaces associatifs où se tissent les affinités (souvenons-nous de nos camarades de Sirigaita et de Zona Franca, par exemple). Face à la violence des déplacements forcés de personnes et d'espaces, nous nous sommes organisé.e.s en collectifs anti-expulsion, en squats occupant les immeubles vides qui s'animent lorsque nous y entrons, en mobilisation collective d'occupation de "l'espace public" sur les places, dans les ruelles et dans les jardins.

Disgraça, ce laboratoire informel, souvent maladroit mais obstiné, de pratiques et de modes de pensée anti-autoritaires, est organisé horizontalement, par des bénévoles qui, entre elleux et avec celleux qui y vont, expérimentent, se préoccupent, pensent, décident, font des erreurs, s'opposent, transforment, catalysent, abritent, et s'unissent pour se rapprocher de l'expérimentation d'un monde où ce qui façonne la vie n'est pas la logique du capital ou le rythme épuisant du tambour de l'empire, mais l'auto-organisation, l'autodétermination et l'expression, l’aide mutuelle, la (dé)construction de la communauté et la subversion de ce qui nous contraint.

Au fil du temps, Disgraça a été un lieu de convergence et d’organisation pour les luttes dans la ville et au-delà, offrant un espace pour les réunions, la préparation de matériel, les événements et la collecte de fonds. Parmi les complexités liées au maintien et à l’organisation de l’espace, il y a eu des discussions et des groupes de lecture sur l’anarchisme, l’antiracisme, l’anticolonialisme et les luttes indigènes, queer et féministes les plus diverses. Il s’agissait de combler le fossé entre la théorie sur les étagères de Tortuga et la pratique – dans nos vies. Des tables rondes ont été organisées sur l’abolition des prisons et le soutien aux prisonnier.ère.s, la lutte pour le logement et les squats, ainsi que sur les stratégies de résistance au capitalisme vert, à l’effondrement du climat et à l’extractivisme.

Des centaines de groupes ont joué dans les abysses de Disgraça et d'innombrables soirées de cycles de films et de cantines vegans à prix libre s'y sont déroulées. Des espaces d'apprentissage DIY basés sur l’aide mutuelle ont fleuri et des ateliers ont été organisés sur les pratiques de santé anti-autoritaires, la souveraineté alimentaire, l'autodéfense, les logiciels et le matériel libres, l'art DIY, le recyclage des matériaux et la production de zines.

Quelles sont les prochaines étapes ?
Afin de poursuivre ces désirs et ces luttes, nous avons élaboré un plan d'un an et demi pour sécuriser, une fois pour toutes, cet espace qui est si important pour nous tou.te.s. Ce plan comprend l'obtention de prêts sans intérêt, des événements de soutien, une caravane dans toute l'Europe. À part cela, il y a bien sûr ce crowdfunding : nous devons réunir 100 000 euros d'ici la fin de l'été 2024 pour pouvoir sécuriser l'espace pour la durabilité immédiate et à long terme de Disgraça et de tous les collectifs qui utilisent l'espace. Le montant restant devra être collecté sous forme de prêts que nous rembourserons lentement - mais plus nous pourrons collecter ici, plus vite nous pourrons n'avoir aucune obligation financière et être libres.

Si tu ne peux pas nous soutenir par un don, il y a bien sûr d'autres choses que tu peux faire :
  • Nous recherchons des camarades prêts à nous accorder des prêts à moyen/long terme sans intérêt. Ces prêts seront essentiels pour donner le premier acompte au propriétaire de l'espace et seront remboursés dès qu'ils seront demandés, avec une période de préavis de 6 mois.
  • Nous demandons aux collectifs (et aux personnes au sein mais aussi hors de ces collectifs !) qui partagent des espaces avec nous depuis une dizaine d'années de nous aider à parler de notre projet dans leurs réseaux et leurs groupes d'affinité. Nous voulons faire ce processus ensemble !
  • Nous allons organiser plusieurs événements de soutien à l'intérieur et à l'extérieur de l'espace l'année prochaine. Nous invitons les autres groupes en solidarité avec Disgraça à faire pareil dans leur région.
  • Nous voulons former une caravane qui passera par divers espaces et festivals anti-autoritaires à travers l'Europe, afin d'organiser des événements, des discussions, de faire passer le message et de collecter des fonds.

Si tu veux nous donner un coup de main avec une de ces idées ou d'autres, envoie-nous un mail.

A bientôt :)
Amour et Anarchie.

[Italiano]

Disgraça: Aiutaci a comprare il nostro centro sociale anarchico a Lisbona

Disgraça - la storia di un centro sociale anarchico
Dieci anni fa abbiamo deciso di rompere la monotonia che ossessionava le nostre routine e ci siamo unitə per aprire uno spazio anti-autoritario dove potevamo discutere e creare delle soluzioni collettive ai problemi che avevamo incontrato. Oggi, in una città devastata dalla speculazione immobiliare, la crisi abitativa e l'elitismo della cultura, ci uniamo in resistenza per porre fine all'estrazione mensile a cui siamo sottopostə e acquisire collettivamente lo spazio di Disgraça. Uno spazio dove noi e altre persone abbiamo organizzato, tramando, sognando e conversando nell'ultimo decennio - per garantire un futuro che dovrà sempre più essere libertario e basato sulla solidarietà e il sostegno reciproco, contro l’insediamento nel settore immobiliare e della proprietà privata, ostaggio du proprietar*.

Tutto è iniziato l’11 settembre 2015. Sulla cima di una delle colline di Lisbona, le porte di Disgraça erano aperte. Dalle pareti bianche e insulse, dalle stanze vuote alle moltitudini di desideri che convergevano in quel luogo - questo progetto inquieto sbocciò. I muri caddero, i muri si alzarono, i muri furono scarabocchiati. Ma, da una fonte d’insubordinazione, proveniente dalle profondità della città sotterranea, abbiamo materializzato, stanza per stanza, il potenziale comunitario di ciascuna di esse. Mossə da sogni, desideri e bisogni comuni, è stata costruita una mensa e un soggiorno, una biblioteca, una sala concerti fai da te, un laboratorio dove regna il caos, una sala prove e una serigrafia, una palestra (il posto più ordinato dell’edificio), il negozio gratuito Desumana, e, dalla memoria di un negozio vuoto, è stata creata un'accogliente libreria anarchica - Tortuga.

Sin da allora, abbiamo dedicato ore infinite, individualmente e collettivamente, alle esigenze quasi quotidiane del progetto, come la gestione dei conflitti, le ondate di esaurimento, l'ingrato metronomo dell’affitto, spese elevate, e la vita in una città che si svuota di vivacità con ogni giorno che passa. Mentre l’'autogestione è la nostra roccaforte, dobbiamo ancora arrivare ad un punto per farlo in modo sostenibile. Acquisendo collettivamente lo spazio di Disgraça, tutti i collettivi di resistenza e i movimenti sociali che dipendono da questo centro sociale acquisiranno maggiore sostenibilità e autonomia. Senza un affitto e un padrone di casa, possiamo concentrarci sul continuare a creare il futuro che immaginiamo insieme.

Un laboratorio informale di pratiche anti-autoritarie

La città di Lisbona, come tutte le grandi città, è sempre più ostile a modi di vita che vanno contro la logica di mercato. Molti di noi sono stat* espulsə dal centro ai margini della città da magnati, imprenditorə e nomadi digitali. E, anche se la loro inutilità si traduce in una dipendenza dal nostro lavoro e il movimento quotidiano dei nostri corpi, non tollerano il nostro coinvolgimento nelle dinamiche politiche, sociali e culturali del “parco di divertimenti di lusso” che chiamano città. Ogni mese, moltə di noi perdono la casa o rischiano di perdere gli spazi associativi dove si intrecciano affinità (ricordiamo lu nostrə compagnə di resistenza in Sirigaita e Zona Franca, per esempio). Di fronte alla violenza dello sfratto forzato di persone e spazi, ci siamo organizzatə in collettivi anti-sfratto, nell'okkupazione di edifici liberi che prendono vita con il nostro ingresso, con la mobilitazione collettiva dell'occupazione dello "spazio pubblico" in piazze, vicoli e giardini.

Disgraça, questo laboratorio informale, spesso goffo ma sempre ostinato, di pratiche e modi di pensare anti-autoritari, è organizzato orizzontalmente, da volontariə che, tra di loro e con coloro che ci vanno, sperimentano, si preoccupano, pensano, decidono, commettono errori, antagonizzano, trasformano, catalizzano, riparano e si riuniscono insieme per avvicinarsi a provare un mondo modellato né dal capitale né dal ritmo estenuante del rullo del tamburo dell'impero, ma da auto-organizzazione, autodeterminazione ed espressione, aiuto reciproco, (de)costruzione di comunità e sovversione da ciò che ci vincola.

Nel corso del tempo, Disgraça è diventato un luogo di convergenza e organizzazione delle lotte nella città di Lisbona e oltre, fornendo spazio per incontri, preparazione di materiali, eventi e raccolta fondi. Tra le complessità di mantenere e organizzare lo spazio, ci sono state conversazioni e gruppi di lettura su anarchismo, antirazzismo, anti-colonialismi e le più diverse lotte indigene, queer e femministe. Colmando il divario tra la teoria sugli scaffali di Tortuga e la pratica - nella nostra vita, ci sono state tavole rotonde sull'abolizione della prigione e il sostegno du prigionierə, sulla lotta per l’abitazione e lo squat, così come le strategie per resistere al capitalismo verde, al collasso climatico ed estrattivismo.

Centinaia di band hanno suonato negli abissi dello spazio, rispecchiatə dalle innumerevoli serate dei cicli cinematografici e delle mense vegane su base donativa. Qui, spazi di apprendimento D.I.Y, basati sull'aiuto reciproco crescono insieme a workshop su pratiche sanitarie anti-autoritarie, sovranità alimentare, autodifesa, libertà software e hardware, arte fai da te, materiali di riciclaggio e produzione di zine.


E adesso?

Per continuare questi desideri e queste lotte, abbiamo elaborato un piano di un anno e mezzo per assicurare, una volta per tutte, questo spazio così importante per tuttə noi. Questo piano include prestiti senza interessi, eventi di raccolta fondi, un tour in carovana in tutta Europa. Oltre ciò, anche questo crowdfunding: abbiamo bisogno di raccogliere 100.000 euro entro la fine dell'estate 2024 per essere in grado di garantire lo spazio per sostenere a lungo termine Disgraça e tutti i collettivi che utilizzano lo spazio. L'importo restante dovrebbe essere aumentato in prestiti che lentamente restituiremo - ma più possiamo raccogliere fondi qui, più velocemente possiamo non avere obblighi finanziari ma libertà.


Se non puoi sostenere con una donazione, ci sono ovviamente anche altre cose che puoi fare:
  • Cerchiamo compagnə dispostə a concedere prestiti a medio/lungo termine senza interessi. Questi prestiti saranno essenziali per dare l'acconto iniziale al proprietario dello spazio e saranno rimborsati su richiesta con un periodo di preavviso di 6 mesi.
  • Chiediamo ai collettivi (e alle persone che fanno parte sia dei collettivi e non) e alle persone che hanno condiviso lo spazio con noi nell'ultimo decennio di aiutarci a pubblicizzarlo attraverso le vostre reti e gruppi affini. Vogliamo farlo tuttə insieme!
  • Organizzeremo diversi eventi di raccolta fondi dentro e fuori lo spazio disgraziato il prossimo anno. Sfidiamo altri gruppi solidali con Disgraça a fare lo stesso nelle loro zone.
  • Vogliamo fare una carovana che attraversi vari spazi antiautoritari e festival in tutta Europa, per organizzare eventi e colloqui per diffondere la parola e raccogliere fondi.

Se vuoi unirti a questa intenzione con una delle idee di cui sopra o altro, inviaci una e-mail.


A presto :)
Sempre per l’Anarchia!

[Ελληνικά]

Disgraça - ιστορία ενός αναρχικού κοινωνικού χώρου

Πριν από δέκα χρόνια, αποφασίσαμε να σπάσουμε τη βαρεμάρα που σκέπαζε τις ρουτίνες μας και ενωθήκαμε για να ανοίξουμε έναν αντιεξουσιαστικό χώρο, όπου θα μπορούσαμε να συζητήσουμε και να δημιουργήσουμε συλλογικές λύσεις για προβλήματα που είχαμε μάθει να ατομικοποιούμε. Σήμερα, σε μια πόλη ρημαγμένη από την κερδοσκοπία στα ακίνητα, τη στεγαστική κρίση και την ελιτοποίηση της κουλτούρας, ενωνόμαστε σε αντίσταση για να βάλουμε τέλος στη μηνιαία καταβολή που μας επιβάλλεται και να αποκτήσουμε συλλογικά τον χώρο της Disgraça (Ντισγκράσα). Έναν χώρο στον όποιο εμείς και τόσα άλλα έχουμε οργανωθεί, συνομωτήσει, ονειρευτεί και διασκεδάσει την τελευταία δεκαετία - για να κατασκευάσουμε ένα μέλλον ελευθεριακό, βασισμένο στην αλληλεγγύη και την αλληλοβοήθεια, που δεν είναι έρμαιο της αγοράς ακινήτων, της ιδιοκτησίας και των αφεντικών.

Όλα ξεκίνησαν στις 11 Σεπτεμβρίου 2015. Στην κορυφή ενός απ' τους λόφους της Λισαβόνας άνοιξαν οι πόρτες της Disgraça. Από τους λευκούς και αδιάφορους τοίχους, από τα άδεια δωμάτια με ξενέρωτη ηχώ, και από το εύρος των θελήσεων που συνενώνονταν σε αυτό το μέρος, άνθισε αυτό το ανήσυχο εγχείρημα. Τοίχοι γκρεμίστηκαν, τοίχοι σηκώθηκαν, τοίχοι μουντζουρώθηκαν. Και σα να ήταν πηγή ανυποταξίας, ερχόμενη βαθιά απ'το υπέδαφος της πόλης, υλοποιήσαμε, δωμάτιο προς δωμάτιο, τη συλλογική προοπτική καθενός από αυτά. Κινούμενα από κοινά όνειρα, επιθυμίες κι ανάγκες, χτίσαμε μια καντίνα/χώρο συνύπαρξης, μια βιβλιοθήκη, μια DIY αίθουσα συναυλιών, ένα εργαστήριο στο οποίο βασιλεύει το χάος, ένα στούντιο για πρόβες και μια αίθουσα μεταξοτυπίας, ένα γυμναστήριο (τον πιο τακτοποιημένο χώρο στο κτίριο), το φρι σοπ/χαριστικό παζάρι 'Desumana', και, απ' την ανάμνηση μιας άδειας βιτρίνας, ένα φιλόξενο αναρχικό βιβλιοπωλείο - την Tortuga. ένα μέλλον ελευθεριακό, βασισμένο στην αλληλεγγύη και την αλληλοβοήθεια, που δεν είναι έρμαιο της αγοράς ακινήτων, της ιδιοκτησίας και των αφεντικών

Από τότε, περάσαμε άπειρες ώρες προσωπικής και συλλογικής αφοσίωσης στις καθημερινές απαιτήσεις του εγχειρήματος: τις συγκρούσεις και τη διαχείρισή τους, τις περιόδους εξάντλησης, τον αχάριστο μετρονόμο του νοικιού, τα ανεβασμένα έξοδα, και τη ζωή σε μια πόλη που αδειάζει από ζωή, κάθε μέρα που περνάει. Η αυτοδιαχείριση είναι το όπλο μας, και θέλουμε να την κρατήσουμε βιώσιμη και δυνατή στο χρόνο. Με το να αποκτήσουμε συλλογικά το χώρο της Disgraça, όλες οι συλλογικότητες αντίστασης και τα κοινωνικά κινήματα που συνδέονται μ' αυτόν τον κοινωνικό χώρο θα αποκτήσουν μεγαλύτερη βιωσιμότητα και αυτονομία. Χωρίς ενοίκιο και ιδιοκτήτη, θα μπορέσουμε να επικεντρωθούμε στο να συνεχίζουμε να χτίζουμε σήμερα το μέλλον που θέλουμε για το αύριο.

Ένα παράτυπο εργαστήριο αντιεξουσιαστικής δράσης

Η πόλη της Λισαβόνας, όπως και όλες οι μεγάλες πόλεις, γίνεται όλο και πιο εχθρική σε τρόπους ζωής που εναντιώνονται στη λογική της αγοράς. Πολλά από μας ήδη διωχτήκαμε απ' το κέντρο της πόλης προς τα προάστια από μεγιστάνες, επιχειρηματίες και digital nomads. Και παρόλο που η δική τους αχρηστία εξαρτάται απ' τη δική μας εργασία και την καθημερινή μετακίνηση των σωμάτων μας στο ίδιο κέντρο τους, δεν ανέχονται τη συμμετοχή μας στις πολιτικές, κοινωνικές και πολιτιστικές κινήσεις του πολυτελούς λούνα παρκ που ονομάζουν πόλη. Πολλά από εμάς κάθε μήνα χάνουμε τα σπίτια μας ή κινδυνεύουμε να χάσουμε τους χώρους συνεύρεσης όπου υφαίνουμε τις σχέσεις μας (θυμόμαστε τα συντρόφια μας στη Sirigaita και τη Zona Franca, για παράδειγμα). Απέναντι σ'αυτή τη βία της αναγκαστικής εκτόπισης ανθρώπων και χώρων, οργανωθήκαμε σε συλλογικότητες ενάντια στην εκτόπιση, στην κατάληψη εγκαταλελλειμένων κτιρίων που ζωντανεύουν με την είσοδό μας, και στη συλλογική κατάληψη του "δημοσίου χώρου", σε πλατείες, πάρκα και στενά.

Η Ντισγκράσα, αυτό το παράτυπο, συχνά αδέξιο μα επίμονο εργαστήριο, όπου εξελίσσονται οι αντιεξουσιαστικές μας πρακτικές και τρόποι σκέψης, οργανώνεται οριζόντια και εθελοντικά από άτομα που, μεταξύ τους και με όσα έρχονται εκεί, πειραματίζονται, φροντίζουν, σκέφτονται, αποφασίζουν, κάνουν λάθη, ανταγωνίζονται, μεταμορφώνουν, καταλύουν, προσφέρουν καταφύγιο και, μαζί, έρχονται πιο κοντά, μέσα από την κοινή προσπάθεια για έναν κόσμο που δε θα σχηματίζεται ούτε από τη λογική του κεφαλαίου, ούτε από τον εξαντλητικό ρυθμό που θέτουν τα μπαστούνια της αυτοκρατορίας, αλλά από την αυτοοργάνωση, την αυτοδιάθεση και έκφραση, την αλληλοβοήθεια, την (απο)δόμηση της κοινότητας και την ανατροπή όσων μας περιορίζουν.

Ανά τα χρόνια, η Disgraça έχει γίνει χώρος σύγκλισης και οργάνωσης αγώνων μέσα και έξω απ' τη Λισαβόνα, παρέχοντας χώρο για συναντήσεις, προετοιμασίες υλικών, δράσεις και εκδηλώσεις οικονομικής ενίσχυσης. Παράλληλα με τις προσπάθειες διατήρησης και οργάνωσης του χώρου, έχουν γίνει συζητήσεις και ομάδες ανάγνωσης για την αναρχία, τον αντι-ρατσισμό, την αντι-αποικιοκρατία και τους φεμινισμούς, και τους αγώνες ενός εύρους ιθαγενικών και queer κοινοτήτων. Γεφυρώνοντας το χάσμα μεταξύ της θεωρίας στα ράφια της Tortuga και της πρακτικής-στη ζωή μας, υπήρξαν συζητήσεις σε κύκλο για την κατάργηση των φυλακών και τη στήριξη των κρατουμένων, για τον στεγαστικό αγώνα και τις καταλήψεις, καθώς και για στρατηγικές αντίστασης στον πράσινο καπιταλισμό, την κλιματική κατάρρευση και τον εξορυκτισμό.

Εκατοντάδες μπάντες έχουν πάιξει στις αβύσσους του χώρου, αντιστοιχώντας με τις αμέτρητες βραδιές κύκλων σινεμά και βίγκαν καντίνας με ελεύθερη συνεισφορά. Εδώ ανθίζουν συναντήσεις DIY μάθησης βασισμένες στην αλληλοβοήθεια, καθώς και εργαστήρια πάνω σε αντιεξουσιαστικές πρακτικές υγείας, αυτονομία στην τροφή, αυτοάμυνα, ελεύθερο λογισμικό και hardware, DIY τέχνη, επανάχρηση υλικών και δημιουργία fanzines.

Και τώρα τί;
Για να συνεχίσουμε αυτές τις επιθυμίες και τους αγώνες, σχεδιάσαμε ένα πλάνο ενάμιση χρόνου για να διασφαλίσουμε, μια και καλή, αυτό τον χώρο που είναι τόσο σημαντικός για όλα μας. Αυτό το πλάνο συμπεριλαμβάνει την εξασφάλιση δανείων χωρίς τόκους, την οργάνωση εκδηλώσεων οικονομικής ενίσχυσης, και μία περιοδεία σε όλη την Ευρώπη. Μαζί μ' αυτά, βέβαια, κι αυτό το crowdfunding: Χρειάζεται να μαζέψουμε 100,000 ευρώ μέχρι το τέλος του καλοκαιριού του 2024 για να μπορέσουμε να διασφαλίσουμε το χώρο για την άμεση και μακροχρόνια βιωσιμότητα της Ντισγκράσα και των συλλογικοτήτων που χρησιμοποιούν το χώρο της. Το ποσό που θα παραμείνει θα χρειαστεί να μαζευτεί με δάνεια τα οποία σιγά σιγά θα αποπληρώσουμε - ωστόσο όσο πιο πολλά μπορέσουμε να μαζέψουμε τώρα, τόσο πιο γρήγορα θα αποδεσμευτούμε οικονομικά και θα έχουμε ανεξαρτησία.

Αν δεν μπορείς να υποστηρίξεις με δωρεά, υπάρχουν φυσικά κι άλλα πράγματα που μπορείς να κάνεις:
  • Ψάχνουμε για συντρόφια που διατίθενται να μας δώσουν μέσο/μακροπρόθεσμα άτοκα δάνεια. Αυτά τα δάνεια θα είναι απαραίτητα για να κάνουμε την αρχική πληρωμή στον ιδιοκτήτη του χώρου, και θα αποπληρωθούν όταν μας ζητηθεί, μέσα σε περίοδο 6 μηνών απ' τη στιγμή της προειδοποίησης.
  • Ζητάμε από συλλογικότητες (και ατομικότητες που είναι ή δεν είναι μέλη συλλογικοτήτων!) που έχουν μοιραστεί το χώρο μαζί μας, να μας βοηθήσουν να δημοσιοποιηθεί η προσπάθειά μας στα δίκτυά και τις ομάδες με τις οποίες συσχετίζονται. Θέλουμε να κάνουμε αυτή την προσπάθεια μαζί!
  • Θα οργανώσουμε μια σειρά από εκδηλώσεις οικονομικής ενίσχυσης μέσα και έξω από το χώρο, μέσα στον επόμενο χρόνο. Καλούμε κι άλλες ομάδες και συλλογικότητες να κάνουν τό ίδιο στις δικές τους γεωγραφίες, σε αλληλεγγύη με τη Ντισγκράσα.
  • Θέλουμε να οργανώσουμε ένα καραβάνι/περιοδεία σε διάφορους αντιεξουσιαστικούς χώρους και φεστιβάλ της Ευρώπης, οργανώνοντας εκδηλώσεις και συζητήσεις, για να ενισχύσουμε και να επικοινωνήσουμε περαιτέρω την προσπάθειά μας.

Αν θέλεις να βοηθήσεις σε κάποια απ' τις παραπάνω ιδέες, ή έχεις κάποια άλλη δική σου, στείλε μας μέιλ!

Τα λέμε :)
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