EDUCAÇÃO MENSTRUAL Guiné-Bissau
Caravana Menstrual pelo Mundo: Guiné-Bissau
3 amigas que se encontraram na pandemia
Carolina Ramirez - Colombiana, psicologa, especialista em educação menstrual e fundadora do projeto Princesas Menstruantes
Vânia Beliz- Portuguesa, psicóloga, sexóloga, especialista em educação para a sexualidade, fundadora do projeto Adolescer
Haua Embaló - Guineense, gestora, gestora de projectos, educadora menstrual.
A Missão:
-partilhar experiências em educação para a saúde;
-apresentar estratégias para a educação menstrual junto das meninas e mulheres;
-promover formação de meninas adolescentes lideres da sua comunidade e replicadoras da experiência educativa;
-promover ações formativas com o pessoal docente e não docente;
-distribuição de material informativo, flyers, posters e uma franzine sobre o tema;
-distribuição de produtos menstrual (kits de pensos de pano reutilizáveis, copos e cuecas menstruais, recolhidos em Portugal)
Porquê a Guiné?
-A Guiné Bissau é um dos países da África Subsariana e do mundo com um dos mais baixos índices de desenvolvimento.
-Atualmente, principalmente nas zonas rurais, as meninas, adolescentes e jovens têm limitada a sua vida, mobilidade, educação, saúde e bem estar devido aos tabús que ainda existem sobre a menstruação.
A UNICEF estima que 1 em cada 10 meninas falte à escola quando está menstruada.
A falta de educação menstrual, saneamento, condições sanitárias das escolas e ausência de produtos menstruais são exemplos de condicionantes que precisamos combater.
O tabu menstrual é uma expressão da misoginia que viola os Direitos Fundamentais; todos os dias centenas de meninas, mulheres e pessoas menstruadas são humilhadas, excluídas e envergonhadas por causa da menstruação. As representações sociais em torno do período geraram desconforto e sofrimento, geralmente as meninas não recebem informações assertivas sobre o assunto, a menstruação foi reduzida ao discurso reprodutivo e tratada como uma crise higiênica. É importante mencionar que as ideias e representações sobre a menstruação afetam a construção da identidade, lembrando que essa experiência se localiza no corpo puberal, momento em que a construção da identidade é fortalecida.
Procuramos uma metodologia de ação emancipatória que construa estratégias com as comunidades e para as comunidades. Meninas, mulheres e pessoas menstruadas em todo o mundo merecem experiências menstruais dignas.